Sexo e Jesus na mesma frase? Oi? Tá louca?
Luxúria, ideais corporais, prazer, preliminares, pornografia, adultério. Somos obcecados por isso. Estamos fixados nisso. Nós nos divertimos com isso. Nós achamos que estamos profundamente informados sobre isso. Nós nos orgulhamos da liberdade que temos para fazer o que queremos com nossos corpos. Nós contabilizamos o número de parceiros que tivemos. Estamos convencidos de que é necessário em um relacionamento normal de namoro. Estamos entorpecidos com as conexões aleatórias e os encontros de uma noite. Queremos experimentá-lo, provocá-lo, prová-lo, exibi-lo, adorá-lo. . . Mas não estamos dispostos a sentar e conversar sobre isso. Enquanto a sociedade torce, perverte, barateia e idolatra, nós – a igreja – estamos relativamente silenciosos sobre isso. Tropeçando desajeitadamente em torno dele. Correndo com isso. Construindo listas de regras desesperadas dos prós e contras. E, como resultado, permitir que a santidade de Deus seja roubada pela insaciável lascívia dos perdidos.
O livro retrata a história da escritora, como ela foi exposta ao material pornográfico do pai ainda enquanto criança, e como isso influenciou sua vida, principalmente no âmbito sexual.
Essa exposição se tornou um gatilho para o vício da pornografia, esse vício deturpou sua auto imagem e o modelo de relacionamentos.
Em contrapartida Mo Isom encontrou em Cristo alguém que contraria todos os relacionamentos que ela tinha tido, alguém que diz que não importa quão sujo foi seu passado, vamos olhar para frente e seguir.
Ela encontrou também um noivo que compartilhava da mesma crença e princípios, então tudo seria mais fácil certo? Errado! Ao entrar num relacionamento ela percebeu que as velhas lutas continuavam lá e para vencê-las os dois tinham que reestabelecer seus pontos de certo e errado de acordo com o que acreditam!
Então eles tomaram a decisão de se casar, e seus problemas com sua sexualidade acabaram, certo? Errado! Mais uma vez eles tiveram que entender que seu relacionamento sempre estará à sombra de suas fraquezas, mas sempre terão um super auxiliador para fazer as coisas darem certo!
Além do relato de Mo nos mostrando de forma simples e humilde suas lutas e dificuldades, o que amei no livro é o paralelo sobre como a igreja (quando digo igreja me refiro ao corpo de Cristo, que são TODAS as pessoas que compõe a instituição igreja) tem se posicionado com todo esse universo apelativo sendo exposto dia após dia…
Não adianta lidar com as pessoas estabelecendo uma lista de “isso pode” e “isso não pode”, a igreja tem expandido sua capacidade de pensar, invalidando uma doutrina ditadora, doutrina esta que está bem longe do ideal de evangelho.
Portanto, assim como a autora, eu acredito num caminho de diálogo e debate sobre os assuntos tabus, vamos derrubar as barreiras da ignorância e jogar limpo, vamos estimular a reflexão do porquê de cada coisa e não só dar uma saída paliativa.
Eu acredito num Deus maravilhoso que nos fez seres pensantes, seres que são completamente responsáveis por suas ações e que já passaram da época do “isso é culpa do diabo”, desculpa amigo, mas suas ações podem ser culpa da falta de instrução, da impulsividade, da curiosidade, do desejo de fazer e ver o que da, ou simplesmente da sua falta de caráter.
Independente do motivo, a igreja deve ser um lugar seguro para discutirmos os assuntos que são tão abertos em outros lugares, porque enquanto temos vergonha ou só não sabemos como lidar com alguns assuntos, a mídia, os canais de comunicação e tudo que está ao nosso redor, grita o que acham ser verdades!
Por todos esses motivos, esse livro é um “must read” para todos os, como já descritos, cristãos pensantes que não se conformam com a simples diretriz de não faça ou faça isso!