Livro “Minha vida (não tão) perfeita” – Sophie Kinsella

Essa é uma autora que acompanho há alguns anos… desde os 15 para ser sincera… e sempre, sempre consegue me deixar com o humor nas alturas!

Sabe o livro que te faz passar vergonha no metrô de tanto rir? São os da Sophie!

Confesso que este, particularmente, não achei taaao engraçado. A princípio nossa protagonista, Katie, conta sua saga sobre morar longe do seu trabalho na cidade de Londres, narrando seu trajeto e guerra para entrar no metrô. Quando li pensei: meu Deus essa menina está na linha vermelha do metrô de São Paulo? Hilário!

Mas com o decorrer do livro a história perde um pouco do humor, o que não o torna ruim!

Katie é uma menina do interior, criada numa fazenda, mas tem o sonho de viver em Londres. Na busca por esse sonho, ela trabalha em uma agência de publicidade com uma equipe da qual quer muito fazer parte e uma chefe difícil de engolir. Sempre driblando os percalços de ser nova na empresa, ganhar pouco, morar longe e etc, com muito alto astral e otimismo!

Eu amo os livros da Sophie, como já disse, mas tem algo que os torna um pouco difíceis de engatar… chega uma hora que parece que a história está patinando sem sair do lugar, você sente aquela vontade de passar pro próximo livro de sua lista, NÃO FAÇA ISSO! Termine o livro e veja o quanto vale a pena!

Além de engraçados, Kinsella da sempre um jeitinho de nos ensinar a lidar com coisas que achamos que só nós vivemos, desde enfrentar 2 horas até o trabalho e chegar inteira, física e psicologicamente, até lidar com a pressão de apresentar uma vida “perfeita” em sua rede social!

—Eu vi seu Instagram antigo —diz ela, e eu sinto o rosto corar. Há meses não posto nada no meu perfil.

—Você passava uma imagem muito diferente.

—Bem… —Dou de ombros. —Sabe como é. O Instagram permite isso.

—Verdade. —Ela assente. —Tudo ali é incrível. Mas não se pode acreditar em tudo. Nem nas suas coisas… nem nas coisas dos outros.

Entre dificuldades e felicidades, Katie vai crescendo e descobrindo quem ela realmente é, a menina da fazenda ou a da cidade. O mais incrível é que em meio a essa descoberta da personagem me vi também pensando sobre as minhas descobertas!

Acho que finalmente descobri como me sentir bem em relação à vida. Sempre que vir alguém muito feliz, lembre-se: essa pessoa também tem seus momentos não tão perfeitos. Claro que tem. E, sempre que você vir sua própria situação não tão perfeita, se sentir desesperado e pensar: minha vida é isso?, lembre-se: não é.

Todo mundo tem um lado brilhante, ainda que seja difícil de encontrar, às vezes.

Livro “Sex, Jesus, and the Conversations the Church Forgot” – Mo Isom

Sexo e Jesus na mesma frase? Oi? Tá louca?

Luxúria, ideais corporais, prazer, preliminares, pornografia, adultério. Somos obcecados por isso. Estamos fixados nisso. Nós nos divertimos com isso. Nós achamos que estamos profundamente informados sobre isso. Nós nos orgulhamos da liberdade que temos para fazer o que queremos com nossos corpos. Nós contabilizamos o número de parceiros que tivemos. Estamos convencidos de que é necessário em um relacionamento normal de namoro. Estamos entorpecidos com as conexões aleatórias e os encontros de uma noite. Queremos experimentá-lo, provocá-lo, prová-lo, exibi-lo, adorá-lo. . . Mas não estamos dispostos a sentar e conversar sobre isso. Enquanto a sociedade torce, perverte, barateia e idolatra, nós – a igreja – estamos relativamente silenciosos sobre isso. Tropeçando desajeitadamente em torno dele. Correndo com isso. Construindo listas de regras desesperadas dos prós e contras. E, como resultado, permitir que a santidade de Deus seja roubada pela insaciável lascívia dos perdidos.

O livro retrata a história da escritora, como ela foi exposta ao material pornográfico do pai ainda enquanto criança, e como isso influenciou sua vida, principalmente no âmbito sexual.

Essa exposição se tornou um gatilho para o vício da pornografia, esse vício deturpou sua auto imagem e o modelo de relacionamentos.

Em contrapartida Mo Isom encontrou em Cristo alguém que contraria todos os relacionamentos que ela tinha tido, alguém que diz que não importa quão sujo foi seu passado, vamos olhar para frente e seguir.

Ela encontrou também um noivo que compartilhava da mesma crença e princípios, então tudo seria mais fácil certo? Errado! Ao entrar num relacionamento ela percebeu que as velhas lutas continuavam lá e para vencê-las os dois tinham que reestabelecer seus pontos de certo e errado de acordo com o que acreditam!

Então eles tomaram a decisão de se casar, e seus problemas com sua sexualidade acabaram, certo? Errado! Mais uma vez eles tiveram que entender que seu relacionamento sempre estará à sombra de suas fraquezas, mas sempre terão um super auxiliador para fazer as coisas darem certo!

Além do relato de Mo nos mostrando de forma simples e humilde suas lutas e dificuldades, o que amei no livro é o paralelo sobre como a igreja (quando digo igreja me refiro ao corpo de Cristo, que são TODAS as pessoas que compõe a instituição igreja) tem se posicionado com todo esse universo apelativo sendo exposto dia após dia…

Não adianta lidar com as pessoas estabelecendo uma lista de “isso pode” e “isso não pode”, a igreja tem expandido sua capacidade de pensar, invalidando uma doutrina ditadora, doutrina esta que está bem longe do ideal de evangelho.

Portanto, assim como a autora, eu acredito num caminho de diálogo e debate sobre os assuntos tabus, vamos derrubar as barreiras da ignorância e jogar limpo, vamos estimular a reflexão do porquê de cada coisa e não só dar uma saída paliativa.

Eu acredito num Deus maravilhoso que nos fez seres pensantes, seres que são completamente responsáveis por suas ações e que já passaram da época do “isso é culpa do diabo”, desculpa amigo, mas suas ações podem ser culpa da falta de instrução, da impulsividade, da curiosidade, do desejo de fazer e ver o que da, ou simplesmente da sua falta de caráter.

Independente do motivo, a igreja deve ser um lugar seguro para discutirmos os assuntos que são tão abertos em outros lugares, porque enquanto temos vergonha ou só não sabemos como lidar com alguns assuntos, a mídia, os canais de comunicação e tudo que está ao nosso redor, grita o que acham ser verdades!

Por todos esses motivos, esse livro é um “must read” para todos os, como já descritos, cristãos pensantes que não se conformam com a simples diretriz de não faça ou faça isso!

Livro “Finding Cinderella” – Colleen Hoover

In reality, people are who they are and they’ll never really change. So why the hell are Val and I even wasting our time on this exhausting relationship if we don’t even really like who the other is?

Ah como romances adolescentes são doces… os da Colleen então…

Independente da fase em que eu esteja vivendo a leitura sempre me ajuda a ter uma válvula de escape; a fase atual de conciliar provas, trabalho, cursos novos e tudo o mais não tem sido diferente. Saber que vou ter alguns momentos, mesmo que no aperto de um metrô, para esquecer de tudo e mergulhar nesse cenário perfeito é reconfortante!

Nesse livro vemos a saga de um garoto de 18 anos que “fica” com uma garota que está saindo do país, com a condição de não saberem quem são, como um encontro às cegas. O problema é: ele se apaixonou!

O que acho mais incrível sobre a autora é que independente da simplicidade do enredo, ela vai adicionando pequenas peças à equação que a tornam viciante! Além do que, ela sempre faz questão de passar mensagens importantes (muitas vezes me sinto recebendo conselhos dos personagens). Neste caso, Daniel está num relacionamento, já que perdeu sua Cinderela, que serve para passar o tempo. Quando de repente tem um insight e percebe que o relacionamento não tem sentido e que seria melhor ficar sozinho a ter esse tipo de companhia (Vide trecho do cabeçalho do post).

Tendo contextualizado o livro, gostaria de falar sobre duas questões.

Primeira, acredito que seja lá qual for sua preferência de leitura, ela SEMPRE será uma fonte riquíssima de aprendizado. Nunca vou me esquecer de uma professora de português do ensino fundamental que disse que quando lemos algo nosso cérebro armazena as palavras e as “solta” quando se encaixam em uma conversa. Ou seja, mesmo que seja o frasco do xampu, seu cérebro está aprendendo!

Portanto, leia! Isso não é uma sugestão, é quase um apelo!

Segunda, li esse livro na versão original em inglês. Ele estava de graça na Amazon 😉 e não, não sou fluente em inglês! Amo a língua e a estudo, mas aceitei como verdade o fato de que quando junto um assunto de interesse (romances água com açúcar) com algo que amo o resultado é bom.

Então monte sua própria estratégia para aprender, ter uma descarga mental e aumentar seu nível intelectual!

E se você já possui uma estratégia, comente embaixo! 🙂

Livro “O despertar da Leoa – Levante-se e transforme seu mundo”

Normalmente levo de 4 a 7 dias para ler um livro, esse terminei em 14 =/ … Porque é um livro que carrega muitas verdades empoderadoras, e é necessário algum tempo para assimilar e digerir algumas delas.

Vivemos num tempo onde muito se fala e discute sobre a importância da mulher no geral, para a sociedade; e eu acredito que essa importância merece atenção!

No Despertar da Leoa, Lisa Bevere se coloca como uma leoa e nos faz um paralelo de como as leoas vivem e a conduta feminina. De forma impressionante com o passar das páginas você começa a se ver como uma leoa! Poderosa, cheia de autonomia, importante e necessária para a comunidade em que vive, e o que mais me chama atenção, você se vê como alguém que pode fazer a diferença em um ecossistema todo! Se a leoa decide deixar de cumprir seu papel na selva o que aconteceria com toda a cadeia alimentar? Da mesma forma me pergunto, se não usarmos toda a força e inteligência que Deus deu unicamente a nós, mulheres, para onde o mundo caminhará?

O livro traduz de forma simples o papel da mulher na sociedade, sem moldes, pudores ou preconceitos. Mostra que juntos (homens e mulheres) nos completamos, e mais que isso, completamos a engrenagem que faz a sociedade crescer de forma saudável!

Leitura rica, que quebra paradigmas e conceitos pré estabelecidos. Recomendo! E essa já entrou na minha lista de autores preferidos!